Créditos de Carbono e a Iniciativa da Cargill

Uma das alternativas mais comentadas nos últimos anos, com relação ao aquecimento global, é o conceito de crédito de carbono.  1 ton de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. Créditos de carbono são representados por certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que reduz a sua emissão de gases do chamado efeito estufa. Trata-se de mecanismo financeiro de benefício àqueles que capturam o carbono emitido, por exemplo, por combustíveis fósseis.  Dessa forma, ajudam a evitar aumento do efeito estufa e consequentemente do aquecimento global.

Agora, a gigantesca trader americana de commodities Cargill passa a ter papel preponderante nessa questão global ao iniciar, neste ano, pagamento aos produtores agrícolas norte-americanos pela captura de carbono em suas propriedades ao mesmo tempo que reduzem o consumo de fertilizantes químicos. A Cargill comercializará tais créditos através de um Fundo na forma de repasses a empresas e cidades poluidoras.

O programa é uma fonte de receita benvinda especialmente para produtores de milho e soja nos Estados Unidos. Trata-se também de resposta a críticas crescentes sobre o sistema de práticas intensivas de cultura baseadas em químicos e seus efeitos danosos ao meio ambiente.

Cerca de 10.000 acres (equivalentes a 4.000 hectares) já se registraram apenas no estado de Iowa. A previsão da Cargill é que os produtores receberão de US$30 a US$45 por acre (4.000 m2) por ciclo de produção, dependendo dos resultados ambientais a serem confirmados.

A empresa estima que, com as novas técnicas de produção, estimuladas pelos pagamentos acima referidas , ocorrerá uma redução de 45.000 kg de nitrogênio e fósforo perdidos em escoamentos que contaminam aquíferos e um sequestro de 7500 toneladas de carbono nos solos onde as técnicas limpas de produção serão usadas. 

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