O Milho e as Mudanças Climáticas

O milho foi introduzido como cultura regular há cerca de 9.000 anos em Tehuacan, na área central do México, atualmente no estado de Puebla. Foi a cultura que estabeleceu as fundações do povoamento das Américas.

E   é exatamente nessa área que os efeitos de mudanças climáticas têm sido observadas com intensidade: secas mais frequentes e prolongadas têm levado agricultores a reduzir a produção de milho. Técnicos explicam que partes do México sofrem com mais intensidade os efeitos das mudanças climáticas devido a localização (Trópico de Cancer e no meio de dois oceanos). A área cultivada em Tehuacan foi reduzida em 18% para cerca de 40.000 hectares nos últimos quatro anos.

Diversos estudos mostram que as mudanças climáticas deverão causar redução na produção de milho em todo o planeta, mais especialmente nos trópicos. Um deles, da National Academy of Sciences (USA) segue essa linha mestra, mas registra uma exceção relevante no Meio Oeste dos Estados Unidos. Nessa região a área plantada é tão vasta que os campos plantados de milho têm levado a aumentos locais de precipitação de chuva, o que tem acarretado produtividade maior.

Em estudo do MIT (Massachussetts Institute of Technology), a umidade adicional gerada garantiu chuvas adicionais, que ajudaram a reduzir a temperatura média dos verões em até 1o C.

São conclusões que ainda dependem de confirmação de novos estudos mas parecem indicar que em determinadas condições, em que existem largas áreas cobertas de culturas, pelo menos alguns efeitos da mudanças climáticas podem ser atenuados pelo aumento de umidade.

(Fonte – In Mexico cradle of corn, climate change  leaves its mark;  Reuters News Agency)

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