Bayer e Round-up: notícias positivas e negativas

O round-up, herbicida da Monsanto que foi adquirida em 2019 pela gigante Bayer, suíça, tem sido objeto de diversas notícias, nas ultimas semanas. A notícia positiva é que nos  Estados Unidos  a EPA (Agencia de Proteção Ambiental)  confirmou que o glifosato – principio ativo do herbicida  roundup – não é um carcinógeno.

Essa posição da Agëncia americana ratifica decisões anteriores sobre o mesmo tema e colide com a classificação do mesmo principio ativo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como provavelmente carcinogênico para humanos, Sem dúvida, uma boa notícia para a Bayer.

Por outro lado, têm sido também divulgadas na imprensa diversas notícias dando conta que a Bayer está considerando a hipótese de suspender as vendas de glifosato para usuários privados, para uso em geral em jardins. E outras informações na imprensa dão conta do espantoso nível atual de cerca de 85.000 de demandas judiciais nos Estados Unidos, relativas exatamente ao uso do mesmo roundup. Por conta do rápido crescimento das demandas, a Bayer está considerando efetuar um acordo com os reclamantes de maneira a superar a questão e dessa forma reduzir o nível de desgaste atual.  Nos últimos 3 casos julgamentos na California os reclamantes obtiveram na justiça em primeira instância US2,5 bilhões, valor reduzido em instância superior a US$191 milhões. A Bayer recorreu dessas sentenças.

Considerando as boas e más notícias combinadas com as atuais preocupações mundiais com o meio ambiente, abrangendo fósseis mas também herbicidas e pesticidas, tudo indica que a sólida e constante posição de apoio da EPA não deverá ser suficiente para se contrapor ao problemas de imagem e de derrotas judiciais da Bayer.

A questão é de tal forma grave, que a empresa suíça tem atualmente valor de mercado inferior aos US$63 bilhões que pagou pela Monsanto

Vamos aguardar os próximos capítulos.

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