A resposta é simples: demanda de mercado, que comanda boa parte das atenções e puxa a produção. O mercado é resultado e simultaneamente espelho da preferência do consumidor.
O consumidor, por sua vez, procura uma combinação de preferência de produto com custo e qualidade. E essa preferência está crescente e diretamente ligada à saúde. Nesse caso, a escolha por produtos orgânicos decorre da ausência de tóxicos, conservantes ou contaminantes.
Mas os produtos orgânicos vão além da questão de saúde pessoal: as regras do jogo da produção orgânica levam também á saúde do planeta. Sem defensivos tóxicos e nutrientes químicos de rápida solubilização que contaminam aquíferos, e ao mesmo tempo com uso correto do solo, rotação de culturas e biodiversidade, os orgânicos auxiliam a recomposição do meio ambiente e contribuem para sua sustentabilidade.
Por esses motivos, o consumidor dirige seus esforços, comportamento e compras para viver mais e melhor num mundo onde a demografia pela primeira vez em milênios mostra consistente avanço da idade média da população.
Existem diversas outras certificações que procuram definir condições específicas e positivas dos produtos, dentre elas Fair Trade, Buy Local, Demeter, Humane, non-GMO. Todavia, a única certificação que garante a combinação de saúde individual e ambiental, através das proibições de insumos químicos e de tóxicos, e que obteve adicionalmente aceitação internacional, é a orgânica. Suas regras, consolidadas na IFOAM, foram adotadas em mais de 120 países através de legislações específicas. Essa ampla aceitação internacional reflete a poderosa combinação entre regras garantidoras de sustentabilidade com as preferencias do consumidor.